Os pensamentos são vaporosos, neblinas que se interpõem entre o interior e o exterior. É neste nevoeiro que podemos projetar nossa imagem e é daí que divisamos um espectro de nosso sujeito. Esse eu é um fantasma revestido de pensamento, ou melhor, de pensares.Este é um convite para um passeio cuja arte não está em ensinamentos, mas em como podemos dançar pela mente, trovar pelo imaginário e resistir às conclusões. Quando o verbete-pensar lhe levar à poética, resista; mais ainda se lhe levar à prosa.Em 
                        Vapor dos vapores — Dicionário de Pensares, Nilton Bonder distingue um "pensamento" de um "pensar". O primeiro diz respeito à nossa capacidade — comum a todo ser humano — de responder aos questionamentos que fazemos à vida pelas vias da racionalidade e do lógico. Entretanto, por ser incrivelmente múltipla, dinâmica e rica, a vida ultrapassa (e muito!) tais questionamentos — que sob alguns aspectos podem até ser limitadores.É aí que descobrimos outra forma de quest